Relato de uma leitora
Às vezes, o que sentimos no início de um relacionamento pode nos cegar para sinais que deveriam ser percebidos. Vou contar minha história em primeira pessoa, exatamente como aconteceu, para que outras pessoas possam se identificar e aprender com minha experiência.
Três semanas que pareceram intensas
Eu estava saindo com um cara por três semanas. No primeiro encontro, ele me levou a um restaurante muito gostoso e foi extremamente cavalheiro comigo. Depois fomos a um bazinho, e tudo foi maravilhoso a ponto de eu acabar dormindo na casa dele.
Repetimos essa “dose” na semana seguinte. Além de nos vermos pessoalmente, passávamos o tempo mandando mensagens um para o outro. Ele dizia que estava muito afim de mim, e eu realmente acreditei, porque via brilho nos olhos dele.
Alinhamento aparente
Cheguei a falar que não estava respondendo outros caras, que só tinha olhos para ele, e ele disse o mesmo: que não tinha mais interesse em nenhuma outra mulher. Ele disse ser monogâmico, e parecia que estávamos completamente alinhados.
Ele até me perguntou se eu gostava da ideia de usar aliança. No sábado passado, ele estava super romântico nas mensagens, dizendo que tinha saudade, e chegou a desmarcar um compromisso para eu ir à casa dele. Passamos a noite juntos.
Mudanças sutis e pequenas preocupações
Embora tenhamos passado a noite juntos, percebi que ele não olhava tanto para mim como antes e não dizia as coisas como dizia no início. Isso não me preocupou muito naquele momento.
Não sei se ele estava incomodado porque estava sem grana e não conseguiu comprar pizza, fazendo apenas um lanche simples para nós, ou se havia outro motivo. Lembro que eu já tinha pago algumas coisas para comer quando estávamos juntos, além de cervejas nos domingos.
No domingo, fomos ao metrô juntos: ele tinha um compromisso e eu precisava voltar para casa. No metrô, senti um pouco de distanciamento. O silêncio entre nós estava pesado, e eu acabei perguntando quando nos veríamos de novo. Achei o olhar dele estranho, e ele respondeu: “acho que semana que vem, eu não tenho nada programado”. Na hora, me arrependi de perguntar, porque senti que ele se sentiu pressionado.
Históricos que se repetem
Na casa dele, ele já havia me contado que tinha bloqueado uma ficante. Ele pediu um tempo para ela, mas ela continuava mandando mensagens e até entrou em contato com os amigos dele por conta do bloqueio. Perguntei por que ele quis um tempo, e ele disse que ela estava se oferecendo demais, querendo ir à casa dele rápido demais. Na época, eles estavam ficando há quatro meses.
Na hora, não liguei muito, mas depois percebi que me senti idiota por perguntar quando nos veríamos de novo, considerando essa situação.
Sinais de alerta nas redes sociais
Quando cheguei em casa, entrei no Instagram para ver alguns reels e notei uma foto de uma mulher do trabalho com uma curtida dele, sem que eu tivesse procurado. Entrei no perfil dela e vi que ele curtiu várias fotos. Isso me deixou irritada, porque já tinha namorado alguém que curtia fotos de outras mulheres o tempo todo, e aquilo me fazia passar vergonha.
Apesar de ele poder ter apenas uma relação profissional com a mulher, o comportamento dele me deu um alerta. Entrei no app de namoro onde nos conhecemos, e percebi que ele havia mudado a foto de perfil naquela mesma semana em que dizia estar com saudade, escolhendo uma foto mais bonita. Ou seja, ele continuava procurando outras mulheres mesmo enquanto dizia que só tinha interesse em mim.
No domingo, ele não mandou mais nenhuma mensagem, algo incomum, já que sempre perguntava se eu tinha chegado bem em casa na segunda-feira. Eu também não mandei mensagem, porque senti que ele estava estranho comigo e só conseguia pensar na outra garota que ele havia bloqueado.
A decisão final
Ele nunca havia ficado tanto tempo sem falar comigo, e naquele momento eu decidi finalizar. Excluí ele das redes sociais e do WhatsApp. Contudo, na segunda-feira, quase às 21h, ele me mandou uma mensagem — mas naquele ponto, minha decisão já estava tomada.
Observações e aprendizados
Depois de toda essa experiência, percebi algumas lições importantes:
Atitudes revelam mais que palavras
Ele dizia coisas bonitas e românticas, mas suas atitudes mostraram inconsistência e desinteresse. Palavras sozinhas não bastam para comprovar comprometimento.
Pequenos sinais são importantes
Distanciamento no olhar, respostas curtas, silêncio desconfortável e comportamentos nas redes sociais indicam muito sobre o real interesse da outra pessoa.
Confie na sua intuição
Quando senti que ele estava estranho, meu corpo e minha mente sinalizaram alerta. Ignorar esses sinais poderia ter me levado a mais frustração.
Autocuidado em primeiro lugar
Decidir finalizar a relação e me afastar foi doloroso, mas essencial. Priorizar a própria autoestima e bem-estar é mais importante do que insistir em alguém que não demonstra reciprocidade.
Relacionamentos saudáveis somam
Relações verdadeiras exigem consistência entre palavras e ações. Se o outro não demonstra comprometimento real, é hora de refletir e tomar decisões que preservem sua paz emocional.
👉 E você? Já passou por algo parecido? Como lidou quando percebeu que estava sendo apenas uma opção?
